Descrição
«O assunto do meu poema é a corrupção e libertinagem de uma parte da sociedade, corrupção manifestada na literatura desde o idealismo ingénuo e dissoluto do Rafael de Lamartine, até ao realismo descarado e vil dos escritores do segundo império.
Incarnei em D. João a síntese desta ideia, terminando por o fazer morrer a pedir esmola, coberto de chagas e de vermes, no esterquilínio, como um malandro ignóbil.
[…]
Disseram-vos que no meu livro existem frases e palavras de uma nudez absoluta?
Não vos enganaram. Lá está tudo isso, e não o retiro, nem o emendo. […]
A verdade não conhece perífrases; a justiça não admite reticências.»
In Prefácio da Segunda Edição